quarta-feira, 13 de junho de 2012

- era pra ser um texto erótico

Ele:
"Entro no quarto em plena madrugada da forma mais sorrateira possível.
Estás de bruços, pequena. É noite de verão e tu estás na cama com aquele short curto que eu tanto gosto. O volume protuberante nele me perturba.
Me aproximo, deleito o momento à te observar, te provar com os olhos.
Pouso a mão em tua perna e deslizo a palma até a coxa.
De súbito, tu acordas assustada. Viras depressa perguntando-se o que acontece. Porém, não te dou tempo, agarro-te pela perna saltando sobre o teu corpo e ponho meus lábios a calar os teus.
Mordo-te o canto da boca e pergunto se gostara na surpresa.
No escuro, teu sorriso lascivo me atiça.
Aperto teu corpo, mordo-te o pescoço e o colo e te tiro a blusa.
Tuas unhas me rasgam as costas.
Tu já sabes que me tem rijo e já cai sobre mim só por desafiar.
E eu perco o controle. Tu me deixas de tal maneira que acabo por rasgar-te o short. Lá se vai outro...
Tua risada é singela e um tanto reprova meus modos mas, deixe, pequena, estou a ponto de compensar-te. A ponto de devorar-te.
Puxo teus cabelos, mordo teu colo e sorvo-lhe o corpo.
Percorro a mão até o sexo.
Tu gemes baixinho.
Te olho nos olhos, te empurro na cama e acabo por cair de boca em teu íntimo. Tanto teu, como meu.
Tens gosto de fruta, pequena, fruta doce, açucarada, proibida...
Te olho perverso. Estás gemendo, gritando.
Tens gosto de pecado.
Gosto de luxúria.
Tentação...
Por fim, êxtase.
Te domino.
Subo a teu ouvido, provocando, e sussurro: 'Não te encantas por ser minha?'
Me ponho ao teu lado, orgulhoso, triunfante e tu, num impulso te colocas por cima.
Estás recomposta. Recomposta e pronta para fazer do caçador, caça."

Ela:
"Tu apareces no meio da noite e pensa que pode me fazer por vencida?
Te faço homem, garoto, te faço homem...
Te mordo a orelha, te atiço.
Ou pensa que não sei onde te percorre arrepios?
Te arranho a nuca, te puxo os cabelos.
Tua respiração ofegante, entrecortada me incita a ir mais longe. Mais forte.
Te beijo pescoço, peito, barriga...
Te tiro a calça de flanela azul.
O ponho na boca, tu gemes baixinho.
Sim, também sei que tu gostas.
Teu sorriso em enlevo me provoca. Tua resistência demasiada me desafia.
E então, o delírio.
Delírio...
Delírio...
Delírio...
Êxtase!
Subo ao teu ouvido e sussurro soberba: 'Se soubesse que ficarias assim, te mandaria mais vezes ao sofá.'
Levanto e caminho até o chuveiro, no entanto, mal chego à porta. Tu estás de pé, nu e a fim de revanche, à beira da loucura, me põe contra a parede.
Me olhas travesso. Sim, eu te perdoo.
Entretanto, pelo visto, o jogo mal começou."
- Bruna

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