sexta-feira, 17 de agosto de 2012

- e enfim, quebrei a imagem que o espelho não mostrava


Fui embora pelas ruas cinzas vendo os pneus riscando o asfalto e ouvindo Detonautas pra pensar em você.
Fumei um cigarro pra tirar a ressaca do sorriso que me destes.
Foi o último.
Último sorriso, não cigarro.
Aliás, quero outro.
Cigarro, claro.
Mas, emfim, tu ficas com ela. Tu ficas com tua moça, meu anjo. Minha alma cheira a fumaça e é suja demais pra você.
Não precisamos de mais nada. Não preciso do teus olhos, não preciso dos ciúmes dela.
Porém, não irei me esconder como antes, nem por ti muito menos por ela.
Tu não mereces meus modos.
Tu não mereces minha vadiagem.
Tu não mereces minha perdição.
Não porque és bom, claro, mas porque não vales o gasto.
Ela, então, nem se fala…
Não te esquecerei, porém.
E, também, tu não se esquecerás.
Conheceste meus pecados.
Isso basta.
Sempre bastou.
Não será o que não foi dito que mudará o que nunca passou.
Já é o tempo de fim.
Já chega a hora de esquecer minhas folhas à ti.
Sem adeus, sem recaídas.
Sinta-se por satisfeito.
Pra ti, este é meu último ponto.
- Bruna. E ao fim do que nunca foi nós, pontuo.

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